A Comissão Especial do Impeachment da Câmara dos Deputados aprovou, ontem à noite, o parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO) pela admissibilidade da abertura do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. Foram 38 votos a favor e 27 contrários. 
O parecer aprovado será encaminhado ao plenário da Câmara, onde será lido na sessão imediatamente após a votação. A leitura do relatório deve ocorrer hoje em sessão ordinária da Casa. Posteriormente, a peça será publicada no Diário Oficial da Câmara nesta quarta-feira.
Após a publicação, 48 horas depois, o parecer entrará na pauta de votações da Câmara, como primeiro item a ser discutido e votado. A previsão é que a discussão seja iniciada na sexta-feira e a votação no domingo.
Para ser aprovado, serão necessários os votos de dois terços dos deputados, ou seja, 342 dos 513 parlamentares. Se aprovado, o parecer será encaminhado ao Senado, que analisará a admissibilidade do processo em sessão plenária. Se o relatório não obtiver os 342 votos na Câmara, a denúncia será arquivada.
Antes da votação na comissão, na Câmara dos Deputados, dez líderes partidários orientaram as bancadas pelo voto contrário ao parecer do relator e dez orientaram pela aprovação do parecer. Líderes de cinco partidos liberaram suas bancadas.
Os líderes do PP, PSD, PHS, PROS e Rede Sustentabilidade liberaram na Comissão Especial do Impeachment suas bancadas para a votação. Já os líderes do PRB, Solidariedade, PSB, DEM, PPS, PR e PMB declararam voto pelo impeachment, enquanto as lideranças do PT, PCdoB, PDT, PTN, PSOL e PEN firmaram posição contrária ao impeachment. No PR, o deputado Maurício Quintella Lessa (AL) saiu da liderança do partido para votar a favor.