É certo que, no linguajar popular, limpeza tenha um significado mais complexo e profundo relacionado à "faxina". De uma forma ou de outra, esses termos têm sido utilizados constantemente para definir algumas ações realizadas no primeiro e no segundo escalão do governo, não apenas no âmbito federal, mas também nas esferas municipais deste nosso Brasil varonil.
Diuturnamente, ouvimos falar ou lemos algo a respeito quanto às trocas de cargos ou sobre a mudança de diretrizes nesta ou naquela administração, a fim de propiciar uma certa "ordem", uma espécie de "limpeza" nos ambientes departamentais - coisa bem típica de mulher, que tem mania de limpeza, que quer tudo organizadinho, certinho e impecável. Isso é ótimo, desde que os responsáveis pela faxina não usem do expediente de jogar o lixo para debaixo do tapete, ou apenas maquiem uma situação de limpeza, de forma rasa e não profunda (como deveria ser).
Nós, simples mortais acostumados com a limpeza da casa, do escritório ou do estabelecimento comercial, sabemos bem que devemos acompanhar de perto, como proprietários, ou como responsáveis que somos, por tal feito, tendo ciência do serviço, se está ou não bem feito.
O acompanhamento continua sendo fundamental. A história nos mostra, inclusive, que administradores que não acompanhavam de perto "todas" as coisas, ou não confiavam em delegar as atividades para as "pessoas certas" acabaram tendo problemas, ao ponto de não serem mais dignos do voto popular nos pleitos que sucederam. Coisas inerentes às casas (sejam lares ou sedes parlamentares ou executivas, não importa).
Por essa razão, quando, também na história, nos reportamos a um tal político que usava vassourinhas, percebemos que o conceito foi acertado e continua nos bastidores políticos com grandes simbolismos - "varre, varre, vassourinha..." Que possamos cobrar desses nossos administradores atuais e "faxineiros" um bom e digno serviço na administração pública, varrendo, exonerando e limpando a sujeira e os maus (corruptos) para fora, definitivamente.