A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber vai relatar o habeas corpus apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A redistribuição foi feita por meio eletrônico, após o ministro Edson Fachin se declarar impedido para julgar o habeas corpus. A ministra foi citada por Lula em grampos telefônicos autorizados pelo juiz Sérgio Moro e divulgados pela Imprensa na última semana.
A defesa de Lula apresentou o recurso para derrubar decisão do ministro Gilmar Mendes, da última sexta-feira, que barrou a posse do ex-presidente na Casa Civil.
Anteontem, a petição da defesa do ex-presidente Lula foi endereçada ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski. No entanto, na manhã de ontem, Lewandowski decidiu distribuir o habeas corpus eletronicamente, por entender que o assunto não é de competência da presidência do Tribunal. Ao declarar-se suspeito, Fachin devolveu o recurso à presidência da Corte.
No dia 4 de março, Rosa Weber negou pedido da defesa do ex-presidente para suspender as investigações da 24ª fase da Operação Lava Jato, que envolve Lula. No recurso, os advogados de Lula pediram que as diligências fossem suspensas até que o STF decidisse sobre o conflito de competência sobre as investigações. Para a defesa, as investigações não poderiam prosseguir porque o Ministério Público de São Paulo e o Ministério Público Federal no Paraná, investigam os mesmos fatos.
Ontem de manhã, o ministro do STF, Edson Fachin, sorteado para ser o relator declarou suspeito para julgar o caso. Fachin explicou que tem relação pessoal com uma das pessoas que assinaram a ação.
Ontem, um encontro entre Lula e Dilma, programado para ocorre a noite, poderia fazer com que o ex-presidente desistisse do cargo.