Em meio a tantas discussões acerca das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, principalmente sobre a ainda não comprovada relação do zika vírus com centenas de casos de microcefalia, um assunto que estava esquecido aos poucos volta ao noticiário com certa evidência. Mal o verão chegou ao fim para dar lugar ao outono e já começaram a ser divulgadas ocorrências de pessoas contaminadas pela vírus influenza H1N1. E pior, com a constatação de várias mortes. No fim do primeiro trimestre de 2016 já são 38 óbitos confirmados pela gripe A no Estado.
O considerado surto fora de época já fez com que muitos hospitais públicos e particulares na capital paulista e em várias cidades de São Paulo tivessem um movimento não esperado, o que acabou culminando até em falta de médicos para darem conta da demanda.
A situação não foi verificada no Alto Tietê. Mas em outras regiões a preocupação é tanta que a campanha de vacinação contra a doença, que está prevista para 30 de abril, acabou sendo antecipada para os próximos dias como forma de fazer com que o número de infectados não cresça.
E se por um lado causa preocupação, por outro faz com que cuidados muitas vezes ignorados voltem a ser encarados com importância. Desde 2009, quando os primeiros casos começaram a aparecer no México e depois se espalharam por vários cantos do mundo, o que mais se fala sobre a gripe A é quanto à atenção que se deve ter. Especialmente no que diz respeito à higiene pessoal, como sempre lavar as mãos, não coçar nariz e olhos e evitar aglomerações.
Na verdade, tudo isso se tratava de regras fundamentais por vários motivos e que acabaram ganhando ainda mais força diante das ocorrências que não paravam de surgir. Depois vieram as campanhas de vacinação.
O certo é que, assim como no caso da dengue, da chikungunya e do zika, cada um faça sua parte. Se para evitar a proliferação das doenças transmitidas pelo mosquito mais perseguido do País é necessário atenção em casa, com os nossos pertences e com a possibilidade de água parada virar um potencial foco de criadouro de larvas do inseto, em relação ao vírus H1N1 é fundamental que todos se atentem ao comportamento, ainda mais com outras pessoas ao redor.
Além desses cuidados essenciais para com a higiene, é imprescindível também ser mais educado e responsável, como cobrir o nariz e a boca na hora de tossir e espirrar e procurar atendimento médico logo quando surgirem sintomas que podem indicar uma gripe. O papel de cada um pode ser decisivo.