A pouco mais de sete meses das eleições para prefeito e vereador, o Alto Tietê começa a apresentar seus candidatos. Ou melhor, candidatas. Depois da vereadora de Poá Jeruza Lisboa Pacheco Reis anunciar sua mudança de partido - do PTB para o DEM -, e demonstrar que deve tentar a eleição para a prefeitura do município, ontem foi a vez da secretária de Serviços Urbanos de Suzano, Carmen Lúcia Lorente, a Carminha, ser antecipada como a pré-candidata oficial do PSDB e do atual governo do prefeito Paulo Tokuzumi.
As duas são bem conhecidas da população da região e parecem bem mais dispostas do que outros políticos antigos. Alguns deles deverão ficar impossibilitados de disputar as eleições por estarem com problemas na Justiça. Outros, como o próprio Tokuzumi, já anunciaram que não querem continuar no comando da cidade. Além disso, ainda teremos alguns prefeitos que estão em seu segundo mandato e, por lei, terão de passar a chance de disputa para outro.
Por enquanto, a única mulher eleita prefeita na história da região foi Conceição Aparecida Alvino de Souza, em Guararema, entre 1997 e 2004.
Tanto Carminha quanto Jeruza precisarão de muito apoio para conquistar os votos necessários para assumirem os devidos cargos almejados, mas isso não parece problema. A primeira assinou com o PSDB, o partido do atual prefeito; enquanto a segunda entrou para o DEM, que pretende dar todo suporte necessário, principalmente por meio do deputado Estevam Galvão.
A presença das mulheres na política regional ainda é pequena, como em todos os municípios do País. A possibilidade de o poder estar nas mãos delas no futuro parece ser algo necessário. Vale destacar que o cargo de presidente, antes assumido apenas por homens, teve como representantes femininas Michelle Bachelet (Chile), Cristina Kirchner (Argentina), Angela Merkel (Alemanha) e Dilma Rousseff (Brasil) nos últimos anos, e Hillary Clinton está com grandes chances de ser a primeira presidente dos Estados Unidos.
Aos poucos, com muito custo, a supremacia vai dando lugar a disputas mais democráticas e justas, onde todas as pessoas têm as mesmas condições de chegarem a um objetivo. Em cidades do interior do Brasil e com um sistema de governo calcado no "coronelismo", as mulheres encontrarão maiores dificuldades. Apesar disso, com todas as mudanças que ocorrem no mundo, essa é mais uma que ficará no passado e será apenas lembrada nos arquivos da Internet.