Alguns locais que atrairiam as pessoas para a prática de esportes e lazer estão causando o efeito contrário e afugentando o público cada vez mais. Chama a atenção a quantidade de ocorrências sobre vandalismo e furtos em áreas como praças, parques e centros esportivos ultimamente. E o que tinha como objetivo se tornar uma opção para muita gente acabou virando um grande problema.
Em Mogi das Cruzes, no último mês, foram três casos envolvendo depredação do patrimônio que é de todos. Hoje o jornal mostra que nesta semana o Centro Esportivo e Recreativo Benedita Eugênia de Siqueira, na Vila Jundiaí, foi alvo de vândalos. Antes dele, as praças da Liberdade, no mesmo bairro, e da Juventude, no Jardim dos Amarais, sofreram o mesmo.
Já em Suzano, um dos locais que mais registra ocorrências desse tipo é o Parque Municipal Max Feffer, no Jardim Imperador. Segundo informações da prefeitura, nos últimos dez dias houve três casos de furto e depredação em salas e outras dependências do local. Além disso, o jornal já mostrou em matérias ocorrências de tráfico, roubo a frequentadores do parque e furto de veículos na área de estacionamento.
Esses episódios ocorridos nas duas cidades refletem que nem todas as pessoas estão de acordo em usufruir conscientemente e conservar o patrimônio público - o que seria ingenuidade imaginar que pudesse ser dessa forma. Mas todos os casos trazem à tona, mais uma vez, a responsabilidade das autoridades municipais e, em especial, a discussão sobre o papel da Guarda Civil Municipal (GCM).
Se os fatos aconteceram é porque faltou segurança nessas áreas. Foi justamente o que apontaram, por exemplo, os moradores da Vila Jundiaí, dando conta de que quando havia guardas fazendo rondas, esse tipo de problema não existia. Da mesma forma, em Suzano, se o Parque Max Feffer continua tendo constantemente essas ocorrências é porque falta justamente uma atuação mais presente e incisiva da GCM, com mais de um agente e viatura. Ainda mais por se tratar de um local muito amplo, com vários pontos de entrada.
O papel primordial - senão exclusivo - da Guarda é zelar pelos próprios municipais, pelos bens de todos, como praças, parques, escolas, postos de saúde, e não atuar em ações ostensivas e de apoio às Polícias Civil e Militar, como é possível ver por aí nas cidades da região. Do contrário, o sentido se perde. E é bom que os responsáveis se atentem logo a isso e tomem providências para a GCM não se distanciar ainda mais de sua função.