Exportar ainda é uma realidade um pouco distante para muitos empresários, sejam eles pequenos ou grandes, do Alto Tietê. Dificuldades burocráticas, falta de conhecimento e experiência para encontrar clientes interessados em seus produtos em outros países, além de problemas para encaminhar sua mercadoria são alguns dos motivos que podem fazer com o que proprietários de empresas, indústrias ou até de plantações agrícolas pensem "duas vezes" antes de entrar nesse mercado.
Diante do cenário de crise financeira vivida no Brasil, a exportação é a saída mais viável defendida por especialistas para que as corporações sobrevivam ao ano de 2016, que promete ser ainda mais difícil que o de 2015.
Na edição de hoje o jornal traz uma matéria especial onde o proprietário de uma empresa de logística de atuação nacional aponta a venda de produtos para a fora do País como talvez a única saída para enfrentar os desafios dos próximos meses. O baixo custo e os incentivos federais concedidos para esse tipo de transação podem ser os diferenciais que muitas empresas procuraram para se manter no mercado de forma competitiva a partir da desvalorização do Real.
Conhecida por sua farta produção agrícola, a região do Alto Tietê talvez ainda não se veja como região forte e bem vista no mercado de exportação e talvez ainda não seja vista realmente como tal, mas sim apenas como um conjunto de cidades muito próximas da capital, mas que ainda não cresceu o suficiente para fazer a diferença como a região do ABC Paulista, por exemplo.
Diante da crise e das futuras dificuldades, é preciso mudar esse pensamento e essa imagem interna e externamente. É possível sim exportar desde verduras e legumes até peças de automóveis e tratores. Empresas especializadas nesse tipo de negócio já atuam no Alto Tietê a fim de assessorar os interessados e mostrar que as barreiras e dúvidas existentes sobre o processo de exportação podem ser superadas de forma mais rápida e simples do que se imagina.
Vale destacar neste processo a presença do Trecho Leste do Rodoanel Mário Covas (SP-21), que corta Suzano, Poá, Itaquaquecetuba e Arujá, e nos aproxima da capital e do Porto de Santos. Temos ainda a ligação direta com o Aeroporto Internacional de Guarulhos por meio da rodovia Ayrton Senna (SP-70). O fato é que o Alto Tietê já está estruturado para exportar e precisa entrar de cabeça nesse mercado, precisa se aventurar cada vez mais neste momento de crise e assim colher os frutos que esse nicho cada vez mais promissor pode oferecer.