Reportagens na edição de hoje retratam duas formas de lazer que são saudáveis, mas que também podem colocar em risco a vida de quem as pratica. Natação e ciclismo são maneiras encontradas por muitas pessoas de dedicarem um tempo de maneira que possa oferecer algum tipo de prazer e satisfação. Claro que com bom senso e prudência, sem desrespeitar as leis.
Quando se fala em nadar, o mais óbvio é que as pessoas procurem piscinas em escolas e clubes ou então outras opções menos onerosas, como as praias. Mas se por um lado a prática é interessante, movida principalmente pelo clima quente atual, por outro pode descambar para uma situação que, infelizmente, se verifica em todos os lugares do País.
Nadar em rios, lagos e represas é assumir um risco enorme, ainda que a pessoa acredita que possa se garantir. Isso quando não se escolhe entrar em passivos ambientais cheios d'água, como antigos pontos de extração de argila e areia. O perigo aumenta quando a pessoa, na maioria das vezes jovens, prendem o pé no fundo e não conseguem emergir.
É por isso que além da consciência por parte da população é necessário que o Poder Público também faça sua parte, alertando para o perigo e tomando medidas para evitar que as pessoas invadam esses locais. Pode até parecer utópico achar que os responsáveis consigam evitar, mas pelo menos algo foi feito e cada um arque com as consequências de seus atos.
Quanto à outra prática, o ciclismo, o cuidado também é necessário. Principalmente, no que diz respeito aos locais escolhidos para pedalar. Nem todas as cidades dispõem de ciclovias ou ciclofaixas, e aí o que se vê são pessoas de bicicleta dividindo espaço com veículos e colocando todos em risco.
Mas há também aqueles que praticam com todos os equipamentos necessários e respeitam as leis de trânsito. Para a atividade ficar interessante, são escolhidos pontos com retas extensas, pavimento regular e espaço suficiente para todos pedalarem juntos. Muitas vezes a escolha acaba sendo estradas vicinais e até mesmo rodovias.
Por esse motivo, em vias de fluxo rápido, o perigo aumenta consideravelmente. Exemplo disso ocorreu no mês passado, quando um ciclista profissional morreu atropelado em uma rodovia do Guarujá, no litoral. A presença de uma equipe de apoio com um veículos acaba sendo fundamental, porque serve como “escudo”.
A prática do esporte tem sempre que ser incentivada, mas a responsabilidade e os cuidados devem vir em primeiro lugar. Assim é possível inspirar outras pessoas a fazer o mesmo e da forma correta.