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A nova "Arena Nogueirão", na Vila Industrial, teve sua inauguração oficial durante a disputa da tradicional Copa São Paulo de Futebol Júnior, em janeiro. De uma forma geral, a competição foi bem avaliada pela Prefeitura de Mogi das Cruzes e pelos moradores do entorno do estádio Francisco Ferreira Nogueira. Só não foi um sucesso completo porque no dia 17 de janeiro, na partida entre São Paulo e Rondonópolis, a torcida Tricolor Independente protagonizou cenas de violência e destruição. Na ocasião, houve confronto com os guardas municipais que faziam a segurança no local, pessoas ficaram feridas, um carro da prefeitura foi destruído, catracas foram quebradas, corrimão arrancado e vidraças depredadas. Segundo a administração municipal, o prejuízo foi de R$ 68.896,67.
Devido à ação dos vândalos, o prefeito Marco Bertaiolli (PSD) prometeu entrar na Justiça contra o São Paulo. Mas, dias depois, a torcida Independente publicou uma nota em rede social se desculpando pelo ocorrido e informou que os torcedores que causaram a confusão foram identificados e expulsos da organizada. Além disso, a Independente isentou o clube paulista de qualquer culpa. A nota informava ainda que o presidente da torcida organizada iria se reunir com Bertaiolli para definir o ressarcimento.
Até agora, porém, o encontro não aconteceu e o estádio de Mogi continua danificado. Em abril, os times profissionais da cidade - União FC e Atlético Mogi - iniciarão a disputa do Campeonato Paulista da Série B e, até lá, tudo tem que estar de acordo. Afinal, em seu pleno estado de conservação, esta, certamente, será uma das mais bonitas arenas (se não a mais) que receberá o Campeonato Paulista da Série B.
Estranho nessa história é pensar que o prejuízo integral será pago pela torcida do time tricolor paulista. Isso porque o brasileiro que gosta de futebol já está acostumado a ver em noticiários que os clubes são responsáveis por financiar as torcidas organizadas. E o que significa R$ 68 mil para um clube de grande importância nacional como o São Paulo?
A nota divulgada pela Independente abre margem para imaginar que isso foi uma estratégia para que o clube não seja punido perante à Federação Paulista de Futebol (FPF) por causa dos atos de vandalismo no local.
O certo é que para Mogi isso pouco importa. A população mogiana apaixonada por futebol, os clubes da cidade e a prefeitura exigem o estádio recém-inaugurado em ordem e pronto para receber jogos, seja amador, da Copinha, do Paulista da Segunda Divisão ou da Série A.
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