O risco continua grande, por isso a necessidade de atenção por parte de todos é essencial. O Poder Público faz a sua parte ao realizar ações para combater a proliferação do Aedes aegypti em todo o País e também ao cobrar das pessoas uma postura mais atenta e responsável em não ter nos locais onde moram e trabalham focos criadouros. É o perigo de doenças como dengue, chikungunya e zika que pode fazer com que haja uma mudança de comportamento. 
O mutirão do último sábado já obteve resultados. Na região aconteceu em algumas cidades e o governo federal estimula a continuidade nesta semana. E é melhor que a atenção continue realmente. A chuva que assolou grande parte dos municípios do Alto Tietê durante toda a tarde e início da noite de ontem é motivo para se ligar o sinal de alerta. Não bastassem as consequências da intensa e intermitente precipitação, que alagou vias, derrubou árvores e colocou imóveis em risco, é mais água que surge como potencial criadouro do Aedes aegypti.
Lajes, pratos de vasos, tambores destapados, enfim, são várias as possibilidades de cenário para que o mosquito possa se proliferar. Por isso, a participação da população será ainda mais fundamental. Com o clima úmido e água para vários lados, ou todo mundo se atenta ou todo mundo poderá ser tornar vítima das picadas do pernilongo. Se ele não carregar nenhuma das doenças que é capaz de incubar, nada mais será do que um simples incômodo e uma coceira passageira. Agora, se picar alguém contaminado, será um agente transmissor que poderá trazer consequências terríveis.
Se em apenas um mutirão foi possível verificar uma situação que assusta, imagine agora com as chuvas caindo aos montes. Só em Mogi das Cruzes os agentes da campanha vistoriaram 4 mil imóveis e eliminaram mais de 1,1 mil potenciais focos para criação de larvas do Aedes aegypti. Em apenas uma ação, em uma parte do dia.
Se essa atenção e, principalmente, essa disposição forem constantes, e não somente com participação do Poder Público, mas de toda a sociedade, é possível vencer a batalha contra o mosquito, sem dúvida. Depende de cada um. Os números são alarmantes por si só: 462 casos de microcefalia no Brasil, sendo 41 associados ao zika, aumento de 48% no número de pessoas com dengue em janeiro, etc. Tomara que isso e a conscientização da importância do papel de todos sejam suficientes para 2016 ser o ano da eliminação não só dos criadouros no País, mas do mosquito, de uma vez por todas.