A Diretoria Alto Tietê do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) ocupa a 23a posição no ranking sobre a participação de 39 regiões paulistas na pauta exportadora estadual no ano de 2015. As vendas da região no comércio externo diminuíram 19,1%. As importações retroagiram ainda mais (26,7%) e o saldo da balança comercial foi deficitário em US$ 426 milhões. Suzano e Mogi das Cruzes são as cidades com maior atividade no mercado global.
O levantamento divulgado ontem foi feito pelos Departamentos de Estudos e Pesquisas Econômicas (Depecon) e de Relações Exteriores (Derex), do Sistema Fiesp/Ciesp, com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Em 2015, as indústrias instaladas nas oito cidades que compõem a Região Alto Tietê do Ciesp (Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Suzano) exportaram US$ 772,2 milhões. Isso significa 19,1% menos do que o volume de exportações de 2014 - US$ 954,8 milhões.
Com esse resultado, a região caiu três posições no ranking estadual de exportação. Da 20a posição em 2014, o Alto Tietê passou para a 23a em 2015.
Já as importações caíram 26,7%, passando de US$ 1,63 bilhão para US$ 1,20 bilhão, entre o acumulado de 2014 e o mesmo período de 2015.
No geral, a corrente de comércio regional teve retração de 23,9% no ano passado, indo de US$ 2,59 bilhões para US$ 1,97 bilhão. O saldo da balança comercial, no acumulado de 2015, foi deficitário em US$ 426 milhões, enquanto no mesmo período de 2014, o saldo foi deficitário em US$ 678,9 milhões, uma queda de 37,3%.
"O resultado no mercado global reflete o desempenho que as indústrias do Alto Tietê tiveram em 2015, que foi o pior dos últimos tempos. Segundo pesquisas de âmbito nacional, o faturamento das empresas retraiu cerca de 8% e a utilização da capacidade instalada ficou em menos de 80%, o que comprova a baixa atividade da indústria e a demanda reduzida. O consumo está desaquecido no mercado interno e isso desestimula as importações, que estão fortemente relacionadas com a aquisição de matéria-prima e equipamentos. Portanto, se a indústria local comprou menos em 2015 é porque produziu menos", avalia José Francisco Caseiro, diretor do Ciesp Alto Tietê.