Esta semana foi muito agitada na política. Se não bastasse o pedido de impeachmet aceito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), contra a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), ontem duas notícias balançaram as estruturas, desta vez no Estado de São Paulo e no Alto Tietê.
Após constantes protestos e conflitos entre estudantes e a polícia por causa da reorganização escolar em São Paulo, o então secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, deixou o cargo e, com ele, as mudanças estão temporariamente canceladas. A notícia agrada aos estudantes, que estavam revoltados em ter de mudar de escola por conta da medida de Voorwald. Apesar de parecer ser um bom projeto, o de readequar alunos nas escolas, a mudança não foi bem aceita pela população e, com isso, ao que tudo indica, continuaremos com escolas estaduais com poucos alunos e sem a possibilidade de utilizar o espaço para outras ações.
Com tanta notícias bombásticas no Brasil, no Estado, faltava a região do Alto Tietê. Para não ficar atrás dos acontecimentos da semana, o prefeito de Ferraz de Vasconcelos, Acir Filló (PSDB), foi afastado do cargo, após receber a "visita" em sua casa, logo pela manhã, de policiais da Ronda Ostensiva Tobias Aguiar (Rota) e de um promotor do Gaeco. O prefeito está sendo investigado por improbidade administrativa, e a Justiça decidiu que seria melhor ele responder sobre o caso fora da prefeitura.
Devemos lembrar que, enquanto tudo isso ocorre, mais políticos e empresários estão sendo julgados, presos e condenados pela operação Lava Jato. Também nesta semana, o juiz Sérgio Moro condenou pelo menos outros cinco envolvidos no escândalo que roubou milhões da Petrobrás.
O ano de 2015 não poderia terminar mais turbulento politicamente. Sem colocar Dilma, Voorwald, Filló e a Lava Jato no mesmo saco, até porque cada caso é um caso, podemos dizer que tais notícias desta semana mostram como o País está vulnerável e como nossos líderes estão, cada vez mais sendo investigados por seus atos. Algo que sempre cobramos que ocorresse no País.
A expectativa é sempre a de que uma hora o mar deixará de ficar agitado e teremos um bom clima para navegar tranquilamente, isso em todos os setores. Mas, inevitavelmente, o cenário atual do País não poderia encontrar imagem melhor do que a da tragédia de Mariana, em Minas Gerais. A barragem estourou e agora é lama para todos os lados, invadindo casas e contaminando espaços. Estamos vivendo em um mar de lama.