O Produto Interno Bruto (PIB) - que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - teve queda de 3,2% de janeiro a setembro deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. É a maior queda para o período desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 1996.
Os dados divulgados hoje (1º) indicam que, no ano, a maior queda foi registrada em Formação Bruta de Capital Fixo (investimento em bens de capital) -12,7%, seguidos pela indústria (-5,6%) e serviços (-2,1%). O único setor avaliado que registrou crescimento no período foi a agropecuária, com 2,1%.
Houve queda de 0,3% no consumo das famílias e de 0,4% no consumo do governo. No setor externo, as importações de bens e serviços recuararm 12,4%, segundo o IBGE, reflexo da valorização do dólar em relação ao real. Já as exportações de bens e serviços cresceram 4%.
Para a gerente de Contas Trimestrais do IBGE, Cláudia Dionísio, uma conjunção de fatores vem afetando o desempenho da economia brasileira, que fechou o terceiro trimestre do ano com taxa negativa de 1,7% em comparação ao trimestre anterior.