Nestes dias, li que o espírito de Natal é algo intragável para alguns: efetivamente, irritante e que não faz sentido.
Sabemos que há vários países em que não se comemora o Natal, como aqui ou em qualquer país cristão e há que se compreender que, de fato o Natal ou natalício de Cristo é evento que tem efeito direto nos corações dos que se dizem cristãos.
A significância real do nascimento do Menino-Deus é profunda e não se limita a presépio, manjedoura, anjos cantando, pastores encantados e afins; os que buscam a profundidade hermenêutica e exegética dos textos bíblicos compreenderão que ali se cumpriram inúmeras promessas imutáveis que, agora, implicariam o resultado maior da redenção dos que creem.
No entanto, nem todos entendem, aceitam ou concordam com isso, mas, o fato é que, independentemente de credo e conhecimento teológico para compreender plenamente o Natal, essa data marcante em todo o mundo, define um entorno de trégua, de mais paz, de maior manifestação de amor, de carinho, apreço, compaixão, misericórdia e perdão por parte das pessoas.
Isso é o que tem sido identificado como espírito do Natal e, se é, de verdade, fico-me perguntando por que questionar tais manifestações? Por que rechaçá-las se só fazem aflorar o bem, mesmo que por um curto período do ano? Será que nosso entorno, cidade, estado, país e mundo não precisam de um pouco mais de altruísmo, compaixão e amor? Não há espaço para isto? Para que, então, contrariar um dito espírito que só visa e produz o bem?
Não vejo ninguém mentindo, furtando, matando ou roubando em nome do Natal, portanto, independentemente da fé que professamos, se podemos pegar carona nesse trem confortável do espírito natalino, por que não o fazer?
Olhe diferentemente para seu próximo neste final de ano, pensando que há possibilidade de amar, verdadeiramente e de demonstrar todos os seus sentimentos benéficos e legítimos, mesmo que, num primeiro momento, seja apenas no âmbito mais restrito do Natal: já é um começo e logo isso poderá se estender por muito mais tempo.