Um bombeiro civil morreu após um incêndio de grandes proporções atingir o Museu da Língua Portuguesa, na região central de São Paulo, na tarde de ontem. A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros.
O homem - cuja identidade não foi revelada - trabalhava no museu e teria tentado combater o início das chamas. Ele sofreu intoxicação, foi retirado do local inconsciente e levado para o Hospital das Clínicas, onde teve uma parada cardiorrespiratória.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) confirmou a morte do brigadista e lamentou a tragédia. Ele disse ainda que vai reconstruir o museu rapidamente com o apoio da iniciativa privada.
Acredita-se que o fogo tenha começado por volta das 16h30 no primeiro andar do museu e rapidamente passou para os andares de cima. Parte do telhado de todo o prédio histórico, que abrange também a Estação da Luz, foi destruída. As chamas chegaram a atingir a torre do relógio, inclusive. O local não estava aberto para visitas. O complexo da Estação da Luz é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Segundo o Corpo de Bombeiros, 37 carros e 97 profissionais foram ao local para combater as chamas. As causas do incêndio ainda não foram divulgadas. Por volta das 17h10, a corporação relatou ter controlado o fogo.
As linhas 7 e 11 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) tiveram a circulação interrompida entre as estações Luz e Brás, devido ao incidente.
A assessoria de imprensa do Museu da Língua Portuguesa disse que ainda não sabe as causas do incêndio ou se o acervo da instituição foi atingido. Como o museu fica fechado às segundas-feiras, não havia visitantes no local.
O museu está localizado em uma parte do edifício da Estação da Luz. Um dos cartões-postais da cidade, o prédio foi inaugurado em 1867. Atualmente, a estação atende a duas linhas da CPTM e duas do Metrô - a Linha 1 Azul e Linha 4 Amarela.