A presidenta Dilma Rousseff sobrevoou as regiões atingidas pelas cheias provocadas pela chuva no Rio Grande do Sul. De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado, 38 municípios foram atingidos afetando 1.795 famílias -
1.479 estão desalojadas e 66, desabrigadas. A previsão para os próximos dias é de tempo parcialmente nublado, com pancadas de chuva e trovoadas.
No Estado,12 municípios decretaram situação de emergência. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de perigo devido ao acumulado de chuva no noroeste, nordeste, centro oriental do Estado e região metropolitana de Porto Alegre. A forte chuva causou, dentre outros danos, a perda de grande parte da colheita de arroz em Quaraí, no sul do Estado. O Rio Quaraí alcançou o valor recorde de 15,28 metros, levando as autoridades a interromperem, durante quase 24 horas, a circulação de veículos na Ponte Internacional de Concórdia, que liga o Brasil ao Uruguai. O Rio Uruguai também atingiu nível recorde, de 10,41 metros.
As chuvas e cheias também atingem a América do Sul e deixaram, até o momento, seis mortos e 150 mil desalojados na Argentina, no Paraguai e no Uruguai.
El Niño
As fortes chuvas na região estavam previstas devido ao fenômeno El Niño, que, segundo pesquisas, é um dos mais fortes já registrados na história. O El Niño é um fenômeno caracterizado pelo aquecimento fora do normal das águas superficiais e subsuperficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Essa mudança de temperatura provoca uma modificação da circulação de ar na atmosfera. No Brasil, o fenômeno se caracteriza por chuvas mais intensas no Sul e Sudeste e tempo seco no Norte e Nordeste.