O 17º Batalhão da Polícia Militar conseguiu superar a meta estipulada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) para redução da criminalidade no 2º trimestre deste ano e, por isso, seus policiais receberam bonificação de R$ 1 mil. A corporação atende as cidades de Mogi das Cruzes, Guararema, Biritiba Mirim e Salesópolis. No 32º Batalhão da PM, que atende Suzano, Poá e Ferraz de Vasconcelos, nenhum dos crimes teve desempenho analisado como satisfatório. Já no 35º Batalhão, em Itaquaquecetuba, os resultados para combater os crimes de roubo e furto de veículo foram avaliados como insatisfatórios.
Apesar da redução de crimes em Mogi das Cruzes, se analisarmos em âmbito nacional, os números não são desanimadores, já que houve quase 16 mil mortes decorrentes de crimes violentos intencionais nas 27 capitais, o que equivale a uma vítima a cada 30 minutos aproximadamente. Em São Paulo, por exemplo, o tráfico de drogas é o maior responsável pela violência.
Uma das maneiras para diminuir a criminalidade seria melhorar a profissionalização dos policiais e, consequentemente, aumentar seus salários. Em São Paulo, um policial militar começa ganhando cerca de R$ 1500, contra 2500 dólares de salário inicial de um policial em Nova York, por exemplo. Mas essa não seria a primeira atitude a ser tomada, já que o crime não é mais exclusividade das principais metrópoles brasileiras. Problemas estruturais como êxodo rural, incapacidade de absorção de mão-de-obra pelos grandes centros ou falta de planejamento urbano aumentam a criminalidade.
Especificamente em São Paulo, o principal problema é que o Estado arrecada muito e investe pouco. Assim, necessidades básicas como infra-estrutura e educação acabam ficando em estado precário. Sem essas bases, o País fica impossibilitado de crescer e se desenvolver a ponto de gerar empregos suficientes para os habitantes. Faltando empregos, sobram motivos para o aumento da criminalidade. Se a população tivesse chances de construir uma carreira digna pelo caminho honesto, certamente menos pessoas se arriscariam no mundo do crime.
Mas, infelizmente, investimento em estrutura e educação não são as prioridades no nosso País. Uma educação de qualidade forma, inevitavelmente, cidadãos mais conscientes e preparados para encarar o mercado de trabalho. A infra-estrutura traz melhores condições para que todos os setores possam desempenhar seu trabalho de melhor maneira. A conta é simples. O que falta é planejamento do Estado e vontade de fazer acontecer.