O plenário do Senado decidiu manter a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Em votação aberta, os senadores decidiram que o líder do governo deverá ser mantido preso por 59 votos contra 13 e 1 abstenção.
Delcídio está preso na carceragem da Polícia Federal (PF), em Brasília, após decisão unânime da segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi levado para a PF hoje pela manhã, na 21ª fase da Operação Lava Jato, quando também foram presos seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira, e o presidente do banco BTG Pactual, André Esteves.
A prisão foi embasada por uma gravação apresentada pelo filho do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, em que o senador oferece R$ 50 mil por mês para a família dele e mais um plano de fuga, para que Cerveró deixasse o País.
O objetivo de Delcídio era evitar que o ex-diretor fizesse acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.
O filho do ex-diretor da Petrobras apresentou à Procuradoria-Geral da República um áudio, no qual o parlamentar oferece o dinheiro à família de Cerveró e sugere um plano de fuga, para que ele não firmasse acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. 
A Procuradoria usou depoimentos da delação premiada do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras e do filho dele, Bernardo Cerveró, para pedir a prisão do senador Delcídio; de André Esteves, dono do Banco BTG Pactual; do ex-advogado de Cerveró Edson Ribeiro; e do chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira.
As prisões foram autorizadas pelo ministro Teori Zavascki, que é o relator da Operação Lava Jato no STF.
DETENÇÃO
De acordo com a Polícia Federal, o senador foi preso ontem, em Brasília, por "tentar atrapalhar as investigações da Lava Jato". 
Segundo o documento enviado ao Supremo, no qual faz o pedido de prisão dos investigados, a Procuradoria diz que Delcídio tentou "dissuadir" Nestor Cerveró de aceitar o acordo de colaboração com o Ministério Público Federal (MPF), ou que, se isso acontecesse, que evitasse delatar alguns nomes.