O período das chuvas ainda nem voltou direito e o que se percebe é que tem gente que já se esqueceu de economizar água (aliás, em Mogi e região tem muito sujeito gastão deste precioso líquido, como se este fosse inesgotável e gratuito), e na esteira desse comportamento inadequado consumindo também muita energia elétrica. Consumir não é errado, desperdiçar sim.
E os alienados de todas as horas que se cuidem, afinal, além do custo alto da energia - que nos últimos 12 meses subiu mais que 50% no valor final das contas pagas nas faturas de cada um de nós -, a bandeira vermelha permanece nas tarifas deste mês de dezembro.
E o que significa essa bandeira da cor vermelha? É um acréscimo de R$ 4,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) de energia consumidos em nossas casas, empresas, na grande maioria dos Estados do País (exceção do Amapá e Roraima).
Isso significa que, além dos quilowatts muito caros por que pagamos há tempos, que embute nele toda a falta de capacidade, de inteligência e de preparo de um governo central fraco, omisso, fora de rumo e enfiado até o pescoço em denúncias de corrupção, ainda teremos essa "tarifinha" extra por mais um mês em nossas contas.
Esse valor adicional cobrado na bandeira vermelha começou em R$ 3 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Isso foi em janeiro. Já três meses depois, em março deste ano, esse valor subiu, por ordem do governo federal, para R$ 5,50 para cada 100 quilowatts-hora consumidos com bandeira vermelha. Alguém se lembra disso? Não, certamente, mas pagou essa taxa extra salgada na sua conta de energia elétrica. Basta verificar na sua gaveta ou no local em que elas estão guardadas.
E não pensem que num passe de mágica tudo vai mudar, porque além da vermelha ainda temos a bandeira amarela, quando essa cobrança adicional é de R$ 2,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, para chegar na verde, sem custo a mais para o consumidor, mas isso dependeria de um governo competente, o que, convenhamos, é praticamente impossível diante do cenário que vemos.
Então, que tal assumirmos a condição de cidadãos, conscientes, aptos realmente a enxergarmos o que acontece, saber o que é real e o que é ilusão ou puramente marketing e economizar? Afinal, economizamos hoje como votamos nas urnas: de qualquer jeito, em qualquer um, e o resultado está aí e nem é preciso perder mais tempo explicando o caos a que chegamos.