O Sistema Rio Grande está com mais de 85% de armazenamento de água, bem diferente do Alto Tietê, que tinha ontem cedo apenas 15% de água armazenda. Para aproveitar esse estoque, a Sabesp vai bombear 4.000 litros por segundo para as represas da nossa região, do Sistema Alto Tietê, que, por sua vez, tem grande capacidade de tratamento – 15 mil litros por segundo. Com o bombeamento, a Sabesp levará a matéria-prima (água disponível no Rio Grande) até o local onde há maquinário suficiente para o tratamento (Sistema Alto Tietê).
O empreendimento beneficiará, diretamente, os bairros da Mooca, Parque da Mooca, Vila Oratório, Quarta Parada, Belenzinho, Tatuapé, Belém, Catumbi, Vila Maria, Chácara Bela Vista, Vila Guilherme, Parque Vila Maria, Parque Novo Mundo, Vila Medeiros, Jardim Japão, Vila Izolina Mazzei, Vila Munhoz e Vila Ede, em São Paulo; todo o município de São Caetano do Sul e 70% da cidade de Guarulhos (municípios permissionários).
Alta tecnologia
Além da sua importância no combate à crise hídrica, a interligação entre os sistemas Rio Grande e Alto Tietê ficará marcada pelo uso de alta tecnologia. As duas adutoras de 1.200 milímetros são feitas de polietileno de alta densidade (PEAD), construídas para transportar a água por 10,5 km, parte deste trecho subaquática. Segundo a Associação Brasileira de Tubos Poliolefínicos e Sistemas (ABPE), não há estrutura aquática semelhante em locais como Europa e Estados Unidos. No Brasil, esta é a maior obra utilizando o PEAD e também executada em tempo recorde. Também pela primeira vez, a Sabesp está usando gás natural, em substituição ao diesel, para a geração de energia elétrica que vai alimentar as bombas