Minha mãe, quando se deparava com preços absurdamente altos em supermercados ou feira, costumava usar a expressão que determinada mercadoria "estava pela hora da morte...", algo que significaria quiçá um preço de derrubar ao túmulo o cidadão; enfim, lembrei desta frase ao comprar flores um dia destes quando fui ao cemitério e agora estamos próximos ao "dia de finados", quando o comércio de flores, velas e incensos ganha espaço de muitos que visitam cemitérios. O brasileiro também importou o halloween norte-americano, talvez inicialmente por conta das escolas de inglês incorporando tradições americanas ou inglesas para criar ambientação aos seus alunos, mas na verdade, as festas a fantasia e o consequente comércio de ocasião acabaram virando praxe no chamado "dia de todos os Santos" misturando o sacro ao profano e esquentando o segmento de aluguel de trajes. Pois é, embora a atual crise econômica que, para combinar com a data, "assusta" a todos, o consumidor gasta nesta época e para que não se depare com preços "pela hora da morte", é importante estar atento às regras e o respeito ao consumidor; Pesquisar preços é fundamental, já que por ser comércio de época, os preços aumentam, lembrando que devem estar expostos nos estabelecimentos (ou até barracas de ambulantes nos cemitérios) em etiquetas de preço a vista voltados ao consumidor de forma legível; pagamentos em cheque, cartão de débito ou crédito (quando aceitos) devem ter o mesmo preço do valor a vista em dinheiro, já que proibida a diferenciação, sendo proibida a fixação de preço mínimo para sua aceitação. As informações devem sempre estar expostas de forma clara e precisa e a presença do exemplar do Código do Consumidor no local com acesso fácil e direto ao consumidor é obrigatória, sob pena de multa e, por fim, não se esqueça que nota fiscal é também sua comprovação da compra feita.