Um estudo - divulgado na quinta-feira - deixa em alerta pais e responsáveis por jovens em todo o País. Trata-se de um trabalho da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que aborda os jovens desempregados. Aqui no Brasil, a taxa de desemprego de jovens em 2015 deve ficar bem acima da média mundial.
O desemprego de jovens no Brasil (entre 15 e 24 anos) deve atingir 15,5% em 2015 - mas a tragédia dos jovens desempregados, deve ser maior ainda. Com as perspectivas mais sombrias de crescimento econômico no Brasil, podemos supor que a taxa de desemprego de jovens seja superior aos 15,5% estimados neste ano. Ou seja, o buraco é mais em cima.
Os índices mundiais de desemprego nessa mesma faixa etária é estimada em 13,1% neste ano - note-se, abaixo das taxas apuradas aqui no Brasil. 
Especialistas afirmam que, na crise, a maior parte das empresas evita contratar jovens sem a devida experiência, pois nessas ocasiões - como a que vivemos agora - o que elas mais precisam é de produtividade e não há tempo hábil e necessário para se "formar" um novo profissional em suas dependências.
Para o coordenador da Fundação Seade, economista Alexandre Loloian, "quando o desemprego está em alta - como ocorre hoje no Brasil - é comum as pessoas deixarem de procurar emprego." Esse paradoxo tem fundamento.
De acordo com o economista, "quando jovens percebem que não encontrarão emprego tão rápido, deixam de buscá-los, porque procurar uma vaga demanda dinheiro de condução, de um lanche. Para evitar mais gastos, o jovem prefere deixar a situação ruim passar para depois buscar colocação".
A OIT alerta para a necessidade de mais investimentos para criar empregos decentes aos jovens. E a saída para os jovens é investir na qualificação profissional para garantir o ingresso no mercado de trabalho.
Mas e se a economia continuar patinando?