As mudanças propostas pelo governo do Estado para reorganizar a divisão de estudantes nas escolas têm gerado dúvidas, incertezas e preocupações de todos os lados. Os pais e responsáveis não sabem como isso impactará na vida de seus filhos. Já os professores temem que unidades com salas ociosas acabem tendo as atividades encerradas e, consequentemente, que isso acarrete em cortes na rede estadual.
A intenção da Secretaria de Estado da Educação é reorganizar a rede com 5 mil escolas para que já no início do ano letivo de 2016 haja redução de unidades com três ciclos de ensino (1º ao 5º do fundamental, 6º ao 9º do fundamental e ensino médio) e cresça a quantidade de escolas com apenas um ciclo.
A expectativa da pasta é que cerca de 1 milhão de estudantes sejam beneficiados diretamente. O viés pedagógico é implementar mais escolas destinadas a cada segmento de ensino, o que possibilita ações mais focadas por faixa etária.
Por enquanto, somente é possível supor como tudo isso ocorrerá. Houve até algumas explanações pontuais e videoconferências com professores e estudantes da rede, mas a pasta ainda deverá se posicionar mais especificamente em breve. Do ponto de vista prático, o que requer maior atenção é justamente o foco de toda essa reorganização: o aluno.
Se a cada ciclo de ensino o estudante terá que se mudar de escola, imagina-se que, em sua vida escolar, ele passará por, no mínimo, três unidades, do ensino fundamental I para o II e depois para o ensino médio. O governo do Estado implantou limite de 1,5 km de distância para transferência dos alunos. Será mesmo que será possível manter essa regra? Isso sem contar que todo ambiente do estudante irá mudar, tendo que se adaptar à nova realidade e aos novos colegas.
Parecem apenas detalhes, mas é algo que no dia a dia pode fazer a diferença no futuro da criança e do adolescente. Só resta saber se para o bem ou para o mal.