O Palácio do Planalto decidiu manter engavetado o projeto "Pátria Educadora", mote do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, que até hoje não saiu do papel. O plano, lançado no discurso de posse da presidente, foi elaborado pelo ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Mangabeira Unger. Mas uma disputa de protagonismo político entre Mangabeira e o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, na prática inviabilizou sua implementação.
O governo decidiu que o Plano Nacional de Educação (PNE) será a principal bandeira na área de ensino, esvaziando as investidas de Mangabeira na área. Diante disso, o titular da SAE cogita pedir desoneração do cargo porque, além de ver o "Pátria Educadora" enfraquecido, sua pasta deve perder em breve o status de ministério na reforma administrativa.
Seguindo orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma definiu que o PNE, de fato, continuará sendo a principal bandeira do governo na área educacional. A base petista defende uma destinação de 10% do PIB para a educação em dez anos. O investimento atual é de 6,2%.  (A. E.)