Em décadas passadas, a cidade de Santos ganhou o apelido jocoso de "Cidade Paliteiro", tamanho era os absurdos de postes de todos os tipos, de ferro, concreto, sustentando a iluminação pública, toda a fiação elétrica, bem como os cabos de telefonia, televisão por assinatura, fiação de bondes, extintos em 1970, e trólebus (ônibus elétricos), que circulam até hoje. Tantos eram os postes, alguns inúteis ou mal colocados, que criavam um efeito de poluição visual.
Ora, isso não é um problema apenas de Santos, mas de Mogi das Cruzes e, com certeza, da esmagadora maioria das cidades brasileiras que, sem planejamento, vão crescendo e se adaptando às mudanças. São tantas adaptações que verdadeiros "Frankensteins" surgem a olhos vistos. Coisas do Brasil, país em que o termo urbanismo é apenas uma disciplina universitária.
Em Mogi, além do paliteiro e dos absurdos de postes colocados fora das calçadas, de dois lados de uma mesma via, uma ao lado de outro, em frente à entrada da garagem- entre outros absurdos - ainda há o emaranhado de cabos e fios.
Na quarta-feira, conforme noticiou este jornal, a Comissão Permanente de Obras da Câmara Municipal realizou mais uma reunião sobre a reorganização de fiações, trabalho que há algum tempo tenta colocar ordem na bagunça. O presidente desta comissão, Carlos Evaristo da Silva (PSD), disse que vai convocar a nova empresa de iluminação pública de Mogi.
Ainda na reportagem publicada no Mogi News, foi citado que a Vivo - que é a maior compartilhante (de postes) da cidade, já organizou 52% das ruas da área.
Esperamos que o trabalho prospere, que os absurdos citados sejam solucionados e que a própria população, que convive à frente de seus imóveis com muitos destes absurdos, apele para as autoridades municipais quando se sentir incomodada.