Chegamos a mais um dia 1º de setembro. O que importa nesta data é tentar passar aos mais novos - os nascidos ou que aqui chegaram nos últimos tempos, uma verdade incontestável.
Dessa idade toda de Mogi, a linha de trens está e sempre esteve no mesmo lugar. Não vamos discutir aqui a qualidade ou não dos trens - cuja atual Linha 11 da CPTM passa por uma transformação e modernização, mas sim que eles estão aqui desde, pelo menos, 1875, quando foi inaugurada a estação mogiana. Vejam que isso foi há 140 anos, certo?
Ora, estava na cara que, algum dia, algum prefeito precisaria fazer obras de impacto para atravessar a cidade de um lado ao outro.
Se o trem chegou antes, e a cidade se desenvolveu depois em suas margens, grandes obras deveriam ter sido feitas, talvez, 50, 40 ou 30 anos atrás. Não foram. Excetuando a passagem subterrânea Engenheiro Oswaldo Crespo de Abreu, inaugurada no final dos anos de 1990 e que liga o Mogilar ao Shangai e Centro Cívico, perto do Tiro de Guerra, e o viaduto Argeu Batalha, nada mais foi feito para impedir as confusões do trânsito, que já deveriam ter sido esperadas pelos tantos administradores da Mogi antiga. Afinal, assim como uma criança, as cidades crescem, e todos sabemos o que vem com o tempo. Basta olhar em volta, para cidades maiores. Faz bem copiar o que é bom. Não é demérito nenhum.
Mas pouco foi feito, a exceção dessas obras citadas acima, e, assim mesmo, apenas no trecho cortado pela linha da CPTM, permaneceram seis passagens de nível: Jundiapeba, Brás Cubas, Avenida Cavaleiro Nami Jafet, Presidente Campos Salles, Sacadura Cabral e Dr. Deodato Wertheimer. Não vamos nem contar as outras passagens de nível, por onde circulam somente trens de carga da MRS Logística, desde César de Souza em direção a Guararema.
Dessa forma, não adianta agora reclamar das obras da nova passagem subterrânea, na Praça Sacadura Cabral, e nem muito menos dos dois viadutos previstos para serem construídos, em Jundiapeba e na Cavaleiro Nami Jafet. É construir tudo isso e permitir uma ligação mais fácil entre os dois lados da cidade - e que ainda o Expresso Leste venha até Estudantes, com trens a todo momento - ou ficar parado no tempo, como ficamos até agora.