Já passou da hora de as igrejas, associações, sindicatos, sociedades de amigos de bairro e entidades em geral, procurarem conscientizar os cidadãos sobre os pesos dos impostos no Brasil. Conscientizar que ue imposto não é aquele em que uma guia é impressa e se recolhe no banco ou em uma lotérica. Mas que eles estão inclusos em tudo o que se consome. Que se paga imposto em tudo, mas tudo mesmo. Alimentos, energia elétrica, água, esgotos, roupas, calçados, livros, roupas de cama, banho, eletrônicos, refrigerantes, bebidas, etc, etc, etc. A lista é infindável.
E não há como não pagar esses impostos pois, como citamos acima, estão embutidos nos preços. Só com essa consciência, talvez o cidadão comum quem sabe votasse melhor nas próximas eleições, principalmente em políticos comprometido com a não criação de novas taxas e impostos.
Economistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgaram estudo que constatou que o peso dos tributos no Brasil é mais sentido pelos mais pobres e pela classe média do que pelos mais ricos. 
Ou seja, a maior parte da população, que é composta pelos pobres e pela classe média, que sustenta toda essa bagunça, é a mais penalizada. Os 10% mais pobres do Brasil destinam 32% de sua renda para o pagamento de tributos, enquanto os 10% mais ricos, apenas 21%. 
Distorções como essa existem aos montes neste país, que penaliza quem produz, quem trabalha. E o pior: grande parte desses impostos arrecadados são gastos de forma errônea, ou então gastos de forma indevida e até de forma criminosa, haja vista os tantos escândalos de corrupção.
Ou a população se conscientiza de que trabalha mais de cinco meses por ano só para pagar os tantos impostos a cada compra, a cada serviço - e reage, ou nunca mudaremos essa triste realidade.