A palavra firme, a verdade e o compromisso efetivo estão muito ausentes nos dias de hoje. Ingenuidade pensar que isso só acontece agora. Basta conhecer um pouco a história para verificar que as ambiguidades e descaminhos do ser humano sempre estiveram presentes em sua jornada. No entanto, não podemos deixar de constatar também que algumas práticas eram menos incidentes antes e se projetam nos dias de hoje, nocivas, aparentando irem-se arraigando à cultura. O que quero externar é que se tornou impressionante a falta de compromisso e de palavra. Algo fácil e benéfico para todos está rareando a cada dia e parece que é até, de alguma forma, estratégico ou politicamente correto, deixar de cumprir com compromissos assumidos, especialmente, os menores.
Nas relações de trabalho, observamos funcionários que deixam de executar tempestivamente suas tarefas, sem oferecer explicações quanto ao porquê do atraso; chefes e empregadores que prometem benesses aos empregados e deixam para lá, sem justificar; fornecedores que prometem, mas não dão retorno nas datas acordadas, deixam de cumprir os termos de ordens de fornecimento e contratos firmados, etc., como se isso fosse a coisa mais natural do mundo; clientes que marcam e não comparecem, sem qualquer justificativa; órgãos públicos que oferecem datas, roteiros e afins e, puramente, não os levam a cabo. No relacionamento pessoal geral, as pessoas dizem que vão ligar e não ligam, que darão retorno e não o oferecem, que farão isso e aquilo, mas nada fazem. Por outro lado, todos temos em nossas relações aquelas pessoas que, simplesmente, têm palavra: cumprem o que prometem e, se não puderem cumprir, manifestam-se antes de não o fazerem, justificam, reprogramam e, assim, tornam o trato do dia a dia muito menos desgastante e inseguro, afinal, o mínimo a se esperar de um diálogo coerente é a manutenção da palavra. Quem tem dificuldade nesse sentido, basta experimentar mudar de postura e observar o resultado: como é bom lidar com quem cumpre o que assumiu!