O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula) chegou por volta das 17h25 à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, base das investigações da Operação Lava Jato, sob forte esquema de segurança. A viatura da PF entrou direto na garagem da sede da corporação, com o ex-ministro no banco de trás.
Cerca de 50 pessoas aguardavam a chegada do ex-ministro em frente à sede da Polícia Federal. Na hora em que ele chegou, alguns manifestantes explodiram fogos de artifício, exibindo bandeiras do Brasil e faixas de protesto.
"O sonho acabou", diz uma faixa estendida pelos manifestantes que esperam o ex-ministro. "Ratos, ladrões do dinheiro público. Limpeza Brasil", diz outra faixa.
Em cartazes, o grupo de pessoas declara apoio ao juiz Sérgio Moro, que conduz todas as ações penais da Lava Jato, e à Polícia Federal. "Grande juiz Sérgio Moro, Polícia Federal, nosso apoio e solidariedade na caça aos corruptos."
Alvo da Operação Pixuleco - 17.º capítulo da Lava Jato -, Dirceu foi preso nesta segunda-feira, 3, em Brasília.
O ministro Luís Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a transferência de Dirceu para Curitiba, base da Lava Jato.
No fim da tarde, em nota, a cúpula do PT decidiu que após essa nova prisão não vai defender Dirceu. Avaliação reservada é que defender Dirceu neste momento pode agravar ainda mais o partido e a presidente Dilma, porque ninguém sabe o que está por vir.