A proliferação crescente da dengue no Alto Tietê deixou a população em alerta e mais consciente com as medidas preventivas para evitar o aparecimento de focos do mosquito, que já infectou mais de mil pessoas na região apenas neste ano, o maior índice já registrado.
Cada um tem uma maneira de evitar com que as ocorrências da doença transmitida pelo Aedes aegipty continue se manifestando. A dona de casa Ana Lúcia Gomes Santos, de 50 anos, é de Poá e tem até uma receita caseira de repelente. "Eu só preciso de meio litro de álcool, um pacote de cravo da índia e óleo corporal. Deixo tudo em um pote por três dias e depois uso o produto nas crianças. Nenhum mosquito chega perto", revelou. Além da alternativa caseira, ela também toma todos os cuidados para evitar a manifestação do Aedes aegipty. Ana garantiu que não deixa nenhum material que possa acumular água no quintal.
A dona de casa Odete Souza, 62, gosta de cultivar plantas em casa e precisa ter a atenção dobrada para evitar água parada. "Eu faço o que posso para não deixar água parada. Estou colocando areia nos pratos dos vasos", contou a moradora do bairro Dona Benta, em Suzano.
Há também aquelas pessoas que não cultivam plantas, mas nem por isso estão livres do risco. É o caso da operadora de caixa Zoraide Santana, 54, de Suzano. "Eu tomo cuidado para não deixar água parada no quintal e ainda deixo a caixa d'água fechada", disse a moradora do Miguel Badra.
Mas não adianta tomar todas as providências para evitar a dengue, se o vizinho não adota medidas preventivas. A dona de casa Genilda Souza, 66, afirma que reconhece o risco que tem em sua casa para o criadouro do mosquito, porém, garantiu que está apreensiva e buscando alternativas para não atrair o vírus. "Mudei de casa a pouco tempo e meu tanque acumula muita água. Vou cimentar para que isso não aconteça, pois fico preocupada com a situação", afirmou. "Adoto outras medidas para não deixar a dengue chegar perto. Sempre lavo os pratos das plantas para não deixar que vire foco".