A cada dia, o povo brasileiro aprende que é nas ruas que também se exercita a cidadania e se faz jus ao que está escrito no parágrafo único do artigo 1º da Constituição do Brasil: "Todo o poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido."
Foi assim no domingo em Mogi das Cruzes, na manifestação contra o governo federal e a corrupção desenfreada que assola o País (movimento que mobilizou grandes multidões em São Paulo, Rio, Brasília e por todo o Brasil); e no sábado, em duas mobilizações pontuais, aqui mesmo na cidade - ambas noticiadas na edição de domingo do Mogi News.
Na área central mogiana, várias entidades protestaram contra a violência, no "Mogi pela Juventude", que critica as mortes violentas de jovens em bairros da periferia mogiana, entre outras reivindicações, como as críticas para a atuação da Polícia Militar.
Já na Vila Jundiaí, no distrito de Brás Cubas, os moradores - cansados da criminalidade no local - promovem um abaixo-assinado cobrando mais policiamento para o bairro. " A Vila Jundiaí ficou muito tempo calada, mas agora vai dar seu grito para que as autoridades ouçam", disse ao MN, Márcia Marques, que organiza a coleta de assinaturas. E ela fez uma denúncia grave, publicada neste jornal, e que precisa ser investigada pelas autoridades: "Nós percebemos a presença de jovens a pé e de carro marcando as casas que ficam vazias e que podem ser roubadas. Eles agem em grupo e furtam os imóveis sem constrangimento".
Em resumo - o que há de comum entre os três movimentos é a presença da população, de forma salutar e ordeira, buscando mudar o que está errado na sociedade, como um aviso às autoridades constituídas, de que os três níveis de governo e todos os três poderes devem trabalhar para o povo.
Resta esperar que todas essas mobilizações, que mostram um amadurecimento político, não fiquem apenas nas ruas, mas se reflitam também nas urnas, pois é nelas que muitos erros, cometidos pelo próprio povo, são feitos.