O resultado do Governo Central, anunciado no começo da tarde de ontem, a desaceleração pontual das bolsas dos EUA e operações de day trade, tiraram um pouco do fôlego da Bovespa na segunda etapa. Mas, nada disso foi suficiente para impedir o principal índice à vista de renovar o maior ganho porcentual de 2015, fechando novamente no nível de 47 mil pontos. China e Estados Unidos foram os combustíveis que sustentaram o movimento comprador ao longo da sessão, garantindo alta principalmente dos papéis ligados às commodities.
O Ibovespa terminou o pregão em alta de 3,64%, maior ganho porcentual desde 21 de novembro do ano passado ( 5,02%). Fechou aos 47.715,27 pontos, maior patamar desde 13 de agosto (48 009,56 pontos). Na mínima, marcou 46.038 pontos (estabilidade) e, na máxima, 47.997 pontos ( 4,25%). .
As medidas anunciadas pela China nos últimos três dias finalmente fizeram os índices acionários do país subirem. As commodities também tiveram fortes ganhos, caso do petróleo.
O desempenho do PIB norte-americano no segundo trimestre surpreendeu positivamente e favoreceu ainda ações de empresas como Gerdau, que atuam no país. Gerdau PN subiu 10,88% e Metalúrgica Gerdau PN disparou 17,67%.
À tarde, no entanto, a Bovespa saiu das máximas depois que o Tesouro divulgou o resultado do Governo Central de julho, quando o déficit ficou em R$ 7,223 bilhões, o pior para o mês da série histórica, iniciada em 1997. Esses números, combinados ao enfraquecimento das bolsas norte-americanas e operações de day trade, suavizaram o movimento comprador de ações domésticas. O Dow Jones subiu 2,27%, aos 16.654,77 pontos, o S&P avançou 2,43%, aos 1.987,66 pontos, e o Nasdaq teve elevação de 2,45%, aos 4.812,71 pontos. Segundo a segunda estimativa do PIB do segundo trimestre, o PIB dos EUA cresceu 3,7% no período, em valores anualizados, ante expansão de 2,3% na leitura anterior e previsão de alta de 3,3% dos economistas.
Petrobras ON disparou 11,28% e a PN, 9,62%. Vale subiu 11,26% na ON e 8,63% na PNA. No setor financeiro, Bradesco PN, 2,45%, Itaú Unibanco PN, 3,54%, BB ON, 3,55%, e Santander Unit, 2,36%.