Fato conhecido que a política é maleável ao extremo. Seus trilhos nunca seguem retos. Surge uma curva aqui, outra a seguir, ponto de parada, onde através de conchavso se traçam mudanças de rumos.
E, levado pelos sintomas que emanam do jogo do poder, o povo, às vezes, ama e, em seguida, detesta. O aplaudido entusiasticamente, basta percalço, para, de imediato, caia no desgosto. Dilma experimenta essa instabilidade.
Em seu mandato anterior, antes das eleições, gozava de aceitação ampla, como demonstravam as pesquisas de opiniões.
Abusando da arte de presidir, para alegria de quase todos, isentava de impostos, diminuía tributos, distribuía benefícios caros ao erário, enfim, navegava em mar de almirante (hoje não tão calmos, eis que até eles são presos).
Raros os economistas que se opunham às medidas tresloucadas - depois se soube, e mais que isso se sentiu - todas elas visando consolidar a certeza que o PT era o partido dos desafortunados, mote escolhido para o levar ao ápice alcançado.
Após a sofrida reeleição, nem bem iniciado o segundo mandato, veio o inferno astral. E porque isso se deu? Pelas pregações sem sentido de Aécio, que quer porque quer um terceiro turno? Pelo erro grotesco de buscar impor seu candidato a presidente da Câmara, e derrotada, sofrer a ira de Cunha? Pelas mentiras pregadas em sua cruzada na cata do voto? Pelo "petrolão"?
Não acredito em nada disso. Afinal, mentir por mentir, todos os pretendentes ao Planalto, em suas campanhas, o fizeram. Em sua época, Lula, em menor proporção, passou pelo famigerado "mensalão" e soube contornar o assunto. Cunha é controláve, quando se sabe adoçar sua boca (instituto comum nos pagos tupiniquins).
O que realmente leva a chefe do executivo a gozar de pífia aceitação, é a falta de dinheiro, resultado do esbanjar contínuo ocorrido, aliado à falta de planejamento.
"Em casa onde falta pão, todos brigam e não têm razão", é dito popular que se aplica como luva.
Melhore-se a economia e Dilma tornará a ser aplaudida de pé!