Pelo oitavo mês consecutivo, as contas de energia elétrica apresentarão bandeira vermelha, ou seja, será acrescido o valor de R$ 5,50 para cada 100 kWh consumido nos últimos 30 dias. O novo sistema foi implantando em janeiro pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para mostrar ao consumidor a variação do custo da energia produzida, que está ligado às condições hídricas de cada região.
As bandeiras nas contas de energia podem vir em três cores. A verde representa condições normais de geração de energia e com isso a fatura não sofre acréscimo. A cor amarela retrata que as condições de geração hídrica estão menos favoráveis e com isso a tarifa tem a cobrança de R$ 2,50 para cada 100 kWh consumidos. No caso da cor vermelha, como está a situação nas cidades do Alto Tietê, as condições hídricas são desfavoráveis, cenário em que as usinas térmicas operam por mais tempo e por isso tem custo de produção de energia mais cara. Nesse caso, a tarifa é acrescida de R$ 5,50 a cada 100 kWh.
De acordo com a EDP Bandeirante, concessionária responsável pela distribuição de energia em quase todos os município da região, "o sistema tem o objetivo de refletir o real custo da energia produzida no País, deixando a conta de luz mais transparente e de fácil entendimento". A empresa destaca ainda que mesmo que o consumidor consiga economizar e baixar o consumo em sua residência, a bandeira não terá alteração de cor, já que a mesma é definida mensalmente e é aplicada a todos os usuários.
 As cores podem mudar mensalmente apenas de acordo com as condições de operação do sistema, avaliadas pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Por exemplo, se o nível dos reservatórios das hidrelétricas aumentar, o órgão pode optar por desligar parte das usinas térmicas, que produzem energia mais cara. Nesse cenário, a bandeira pode ser verde e o consumidor não pagará nada a mais em sua conta.