A crise que assola a nação, não há duvidas, exige medidas urgentes e efetivas por parte do governo.
Nesse sentido, buscando contê-la, se acenam com planos mirabolantes, com discursos os mais acalorados, e, em alguns setores com cortes profundos nas verbas.
Há, porém, que se analisar a realidade nacional, em cotejo com a política de contenção ensaiada pelo Executivo Federal.
Isso porque, áreas de carências comprovadas, estão se submetendo à diminuição de seus orçamentos de maneira absurda.
Vejamos; espelhando o que acontece com o sofrível sistema educacional brasileiro, a USP amargurou queda no ranking internacional, passando a ocupar um distante 133º lugar no concerto das melhores instituições de ensino.
Nada demais, quando se observam as dificuldades financeiras que tem enfrentado, com prédios sucateados e fechamento de cursos.
Mesmo assim, se teve o descaramento de se retirar da verba destinada ao Ministério da Educação o montante de 1 bilhão de reais!
E o que não dizer da saúde pública, manancial de críticas e desgostos, em razão do serviço que oferece?
Entendendo, quem sabe, que os médicos estrangeiros contratados resolveram os problemas mais prementes, em odioso dar de ombros aos que dela se valem, mais 1,18 bilhão lhe foi solapado!
Por fim, nessa rápida digressão contingenciamento de 4,6 bilhões atingiu o Ministério das Cidades, por consequência, afetando os tão festejados PAC e "Minha Casa Minha Vida".
Embora merecessem críticas, tais cortes deveriam ser aceitos, se, obedecendo a escala uniforme, atingissem indiscriminadamente a todos os órgãos governamentais.
Deve ser considerado, no entanto, que ao tempo que se fazem as mutilações inconsequentes apontadas, dinheiro não falta para as farras políticas.
Pagar-se diárias de onze mil reais para grandiosa em viagem aos Estados Unidos; "doar-se" 1 bilhão para a construção de shopping aos nossos "necessitados" parlamentares; brindar-se aos fundos partidários com mais de 800 milhões de reais, tudo isso é plenamente viável!
Deplorável Administração!