As cores nas bandeiras de origem e o idioma falado pelos engenheiros são os mesmos. Mais que as similaridades de origem e função, o britânico Discovery Sport e o americano Cherokee têm missões pioneiras. O Land Rover é fruto do primeiro projeto desenvolvido após a inglesa ser comprada pela indiana Tata. O Jeep, por sua vez, rompe a linha de desenho utilizada há anos pela marca como parte da tentativa de se tornar mais palatável em outros mercados ao redor do mundo.
Os dois são bem sucedidos em suas aspirações e fazem bonito no País, mas por ser mais barato (inclusive quando vai para a oficina), ter mais espaço e opção de sete lugares, o Land Rover venceu este duelo. Tabelado a R$ 183.100 na versão SE, o Discovery Sport teve grande vantagem ante o Cherokee Longitude, que sai por R$ 199.990.
À primeira vista, os dados do V6 do Jeep podem impressionar mais que os do 2.0 do Land Rover. São 271 cv, 32 cv a mais que o quatro-cilindros, mas a potência vem às 6.500 rpm - a do rival surge aos 5.500 giros. Além disso, no seis-cilindros o torque é de 32,3 mkgf e também surge em faixa muito alta de giros (4.400 rpm). No Land Rover, são 34,7 a 1.750 rpm, respectivamente.
Como os dois carros têm câmbio automático de nove marchas, com funcionamento similar, a sensação é que o Discovery Sport acelera com mais vigor. Ainda assim, na aceleração de 0 a 100 km/h a vantagem do Cherokee é de 1 milésimo, com 8,1 segundos.
Representantes de marcas que primam pelo bom acabamento, os dois agradam motoristas e passageiros no visual e qualidade dos materiais utilizados na cabine. O Land Rover oferece, opcionalmente, uma terceira fila de bancos.
A lista de itens é equivalente. Entre as poucas diferenças, a tela do sistema multimídia do Discovery Sport tem 8 polegadas e a do Cherokee é de 5".
E, se os donos desses carros decidirem encarar aventuras no fora de estrada, os sistemas eletrônicos tanto do Jeep quanto do Land Rover são projetados para tirar o motorista de qualquer enrascada.