Compartilhe
José Brito Barreto de Mattos, o "Véio", de 54 anos. suspeito de pertencer a uma das maiores quadrilhas de roubo a bancos do Estado de São Paulo, foi preso anteontem à noite em Itaquaquecetuba, dentro da casa onde morava na região central da cidade, após investigações realizadas pelo Setor de Investigações Gerais (SIG) de Mogi das Cruzes. Véio ainda tinha um mandado de prisão expedido contra ele, ao fugir da penitenciária em 2009.
Notório por utilizar vários disfarces e confundir a polícia, Véio foi identificado e localizado porque, segundo o delegado Marco Antonio da Silva, havia imagens feitas dele em ação. "Ele não está respondendo nenhum processo por roubo a bancos. A cada ação que a quadrilha promovia, ele estava de um jeito: uma hora de peruca, outra com boné", descreveu.
O delegado ainda informou que, dentro da casa de Véio, foi encontrado um dos objetos usados para disfarce. Depois de preso, ele confessou pertencer à quadrilha. "Quando os agentes chegaram lá, encontraram o boné verde que ele usava. Na hora da prisão, ele confessou ter participado de, pelo menos, sete roubos em vários pontos do Estado. Mas não aqui na região".
Foram apreendidos, com o suspeito, 16 aparelhos celulares, estando seis deles em funcionamento.
Com a prisão de Véio, todas as delegacias que possuem Boletim de Ocorrência sobre roubo a bancos poderão indiciá-lo pelo crime, caso seja reconhecido. Por enquanto, ele está detido no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Suzano.
Véio estava na linha de frente da quadrilha, depois que outro criminoso, Rolídio Brasil de Souza Gama, o "Monstro", 43, foi preso no ano passado, enquanto passava a virada de ano com a família, no litoral norte de São Paulo.
Quando foi pego, o suspeito estava sem qualquer documento e, ao ser levado para o SIG, os policiais civis descobriram que ele era foragido da Justiça por não ter voltado de uma saída temporária em 2009. Véio seria o último membro da quadrilha que ainda não tinha sido preso. Além de Monstro, foram presos, anteriormente, outros dois homens ("Charuto" e "Dão").