No aniversário de 465 anos de Itaquaquecetuba, celebrado nesta segunda-feira (8), o setor empresarial projeta um cenário de crescimento para os próximos anos. O presidente da Frente Empresarial Pró-Indústria (Fempi), André Domeni, avalia que mudanças recentes no Plano Diretor e a perspectiva de novas obras viárias devem atrair investimentos, mas defende que ainda há desafios em infraestrutura e políticas públicas de incentivo.
Domeni ressaltou a importância do novo Plano Diretor. “A nossa perspectiva de Itaquá para os próximos anos é positiva. Até porque nós, do setor empresarial, participamos efetivamente da elaboração do plano. Colocamos demandas da classe empresarial e tivemos uma resposta positiva do Poder Público. Vai ajudar muito a cidade”, comentou.
Destaque também para a revisão da Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo, segundo o presidente da Fempi. A legislação aborda temas como zoneamento, critérios para parcelamento do solo, uso adequado de áreas públicas e privadas, preservação ambiental e expansão urbana. Segundo ele, no passado a cidade ficou limitada em questões de verticalização e zoneamento no passado, o que afastava investidores. Agora com a definição das áreas destinadas às indústrias será possível, segundo ele, a instalação de novos empreendimentos, especialmente na região da Estrada do Bonsucesso, próxima às rodovias Ayrton Senna e Dutra.
Expectativas
Outro ponto considerado fundamental por Domeni é a criação de novas alças de acesso ao Rodoanel e à Ayrton Senna. “Pelo que a gente está vendo esse acesso vai sair, pois já vemos associados nosso que recebeu comunicado. Vai ajudar a melhorar o escoamento e logística das empresas”, destacou.
As obras das três alças de acesso foram apresentadas no fim de 2024, com previsão de início em 2025. O projeto executivo prevê um acesso de saída, sentido capital, no Jardim Maragogipe; outro de entrada, sentido interior, no Jardim Pinheirinho; e uma terceira alça no km 34, dando ligação direta a Itaquá para quem vem do Rodoanel, sem necessidade de retorno próximo ao pedágio.
Desafios e futuro
Apesar dos avanços, Domeni avalia que a cidade ainda precisa melhorar sua infraestrutura viária, especialmente para o trânsito de veículos de grande porte. O empresário também defendeu maior inteligência tributária no município, com a criação de incentivos fiscais, a exemplo do que já ocorre em Arujá.
O presidente da Fempi ressaltou ainda a necessidade de políticas públicas voltadas à retenção de moradores de maior renda, que segundo ele, acabam buscando qualidade de vida em cidades vizinhas. "Acontecia muito das pessoas melhorarem um pouco e irem morar em Mogi, ou Arujá, mas, isso tem mudado e tem que continuar mudando para garantir a receita da cidade", conta. “Para os próximos 10 anos, eu vejo uma cidade bem mais vertical. A gente torce muito para ter também um olhar de dar mais áreas para qualidade de vida, para reter o pessoal que está subindo”, completou.
Atualmente, a Fempi reúne cerca de 180 empresas associadas, 90% delas indústrias, localizadas também em Arujá e Guarulhos, com expansão prevista para Mogi das Cruzes. "Nosso trabalho é de apoiar os empresários com questões técnicas, mostrar caminhos, resolver questões e buscamos ampliar nosso alcance no futuro", contou Domeni.
ITAQUAQUECETUBA 465 ANOS
07/09/2025 às 07:00
Empresários projetam futuro promissor para Itaquá, aponta Fempi
Por: Fábio Palodette
André Domeni destaca avanços no Plano Diretor, expectativa com novos acessos viários e necessidade de incentivos fiscais

Apesar dos avanços, Domeni avalia que a cidade ainda precisa melhorar sua infraestrutura viária
Foto: Divulgação