Como devemos escolher um candidato, especialmente para presidente da República. Muitos escolhem pela propaganda eleitoral, outros pela influência de terceiros, outros escolhem pela emoção no dia da votação, outros pelos resultados das pesquisas, só votam em quem está na frente, não querem perder o voto.

Assim, temos vários critérios e desde 1989 vamos escolhendo nossos presidentes. Mas o critério emocional e de empatia não são os melhores métodos para escolha de um administrador público dos nossos recursos. Ninguém contrata um empregado ou prestador de serviços por empatia, contrata, ou ao menos deveria contratar, pela eficiência e honestidade.

Assim, ao escolhermos nosso presidente o critério deveria ser o mesmo. Não podemos escolher alguém incompetente que piora nossa vida com o nosso aval e voto, também não podemos escolher alguém que certamente roubará os recursos públicos, os nossos recursos, nossos impostos. Mas infelizmente o que assistimos, mais uma vez é o fanatismo, a escolha sem qualquer critério lógico para o cargo que a pessoa vai ocupar. O presidente é um gestor do nosso dinheiro, deve ser o mais capacitado para o gerenciar e gerar o bem-estar coletivo, deve ser alguém preparado para a função. Suas preferências pessoais, o que come, como se veste, seus costumes não deveriam ser o critério determinante para escolha, pois quem sofre com as consequências da má escolha somos nós.

Nosso ou nossa presidente precisa ter comprovada competência administrativa, não ser envolvido com corrupção, ser conciliador e aberto às alianças indispensáveis. O presidente não é um ídolo e não deve ser tratado como um. Ele é o maior servidor público do país e nessa condição deve ser respeitado e tratado. Servir e não ser servido, aliás essa é outra ideia que o brasileiro médio ainda registra, que as autoridades devem ser servidas e não o contrário. E quanto maior o cargo, maior a responsabilidade, a cobrança e o dever de servir. Que nosso país possa ter essa consciência no ato de votar, deixando de lado suas paixões, a empatia ou antipatia e escolhendo de forma racional nossos futuros representantes.

Cedric Darwin é mestre em Direito e advogado