O ditado popular tem razão em dizer que a diferença entre o antídoto e o veneno está na dose. O velho refrão serve para que a gente busque dosar as escolhas do dia a dia, mas também serve para uma situação mais prática, que é o caso das chuvas.
As águas em condições ideais enchem os reservatórios, lagos e rios, a também ajudam na produção da agricultura. No caso de uma precipitação mais forte, as represas vão extrapolar a quantidade de água, e o mesmo aconteceria com os rios e demais corpos d'água. No que diz respeito à plantação, é preciso uma dosagem entre água e sol, dependendo de cada espécie, para que tenhamos uma boa colheita.
Acontece que as chuvas de janeiro e começo de fevereiro causaram certo transtorno aos produtores rurais de Suzano e Mogi das Cruzes. Os agricultores se queixam de parte da plantação perdida, o que, sem dúvida, vai fazer com que os produtos da horta percam em qualidade e ganhem em preço, o que é ruim para o consumidor, que irá pagar por isso.
Os agricultores não têm culpa nisso, assim como qualquer outra pessoa, seja física ou jurídica, mas é importante que se ajudem. Mogi e Suzano explicaram que criam ações e acompanham os respectivos produtores neste período de perdas de colheita. Por vezes, muitos não têm como repor o prejuízo e precisam de ajuda.
Situações como esta não são exclusivas do Alto Tietê, outras regiões do Estado que possuem o plantio como parte de sua economia, também sofreram com perdas causadas pelas águas.
O consumidor precisa entender que este deve ser um momento complicado para os agricultores. Os preços devem se elevar sim, pois assim como o produto final encareceu, e haverá uma demanda normal para uma oferta, talvez, nem tão abundante assim, os insumos para a produção dos alimentos também podem ter sofrido aumento. Resta esperar que esse tempo mais chuvoso do que o normal passar e que as cidades possam, de fato, ajudar os produtores rurais que há muito ajudam no crescimento dos municípios do Alto Tietê