Ao determinar o cumprimento de mandados de busca contra o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL) ontem, o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça citou uma mensagem de áudio em que um dos investigados da Operação Pleumon afirmou: "[] o governador já tinha liberado o processo de aquisição e já tinha mandado pra Secretaria de Fazenda pra solicitar os dados de conta pra fazer depósito []". Segundo Gonçalves, a mensagem indica que Moisés não só teria conhecimento da negociaçãopara a compra de 200 respiradores pelo valor de R$ 33 milhões sob suspeita, como teria determinado o pagamento antecipado.
Conversas mantidas entre dois empresários investigados em abril apontam que Amândio, um dos ex-chefes da Casa Civil de Moisés, teria solicitado 'pedágio' de 3% do valor do contrato da compra dos respiradores, caso conseguisse evitar o cancelamento da compra pelo governo.  (E.C.)