Todas as semanas, de terça-feira a domingo, Mogi das Cruzes dispõe de 27 feiras em 18 diferentes pontos (regiões) da cidade, incluindo três feiras noturnas e seis varejões. Isso representa quase  1.458 eventos de abastecimento realizados anualmente, número que, somado a outras ações, chega a quase 1.500 feiras por ano. Nesta segunda, dia 25 de agosto, foi celebrado o Dia do Feirante.

O impacto é expressivo: mais de 111 mil pessoas são atendidas por mês, o que totaliza 1,3 milhão de consumidores ao ano, alcançando 62,5% da população mogiana. Para sustentar essa rede de abastecimento, a cidade conta com 376 feirantes licenciados pela Secretaria de Agricultura e Segurança Alimentar, que mantêm viva uma tradição centenária e essencial para a economia local.

O casal Antônio Carlos da Silva 56 anos e Aparecida da Penha Fernandes Silva estão há mais de 20 anos atuando como feirantes na Cidade. "São décadas de relacionamento e trabalho juntos nas feiras, é a nossa vida", diz ela. "Estar nas ruas, atendendo o público é muito bom", completa ele. 

O secretário de Agricultura e Segurança Alimentar, Renato Abdo, acredita que as feiras livres têm papel estratégico não só no abastecimento, mas também no fortalecimento econômico do município. “O feirante é um verdadeiro pilar da economia local. Cada banca representa geração de renda, empregos diretos e indiretos, além de movimentar a produção da nossa agricultura. É uma profissão que atravessa gerações, passando de pais para filhos, preservando uma tradição que faz parte da história da nossa cidade. Celebrar o Dia do Feirante é reconhecer a importância de quem, com dedicação diária, sustenta famílias e ajuda a movimentar a economia de Mogi”.

Para a secretária-adjunta, Mariana Fraga, o papel social das feiras é primordial. “As feiras não são apenas espaços de compra e venda. Elas são pontos de convivência, cultura e confiança. O consumidor conhece o feirante, cria vínculo e sabe de onde vem o alimento que leva para casa. Isso fortalece a nossa identidade e mostra que a feira é, acima de tudo, um patrimônio da cidade”, destacou.

Histórico


As feiras livres existem no Brasil desde os primórdios da Vila de São Paulo, em 1554. Durante muito tempo, foram consideradas atividades informais, até que, em 25 de agosto de 1914, o então prefeito da capital, Washington Luís, assinou um ato oficializando sua realização. Desde então, a data passou a ser celebrada na capital e demais cidades de São Paulo, como o Dia do Feirante, uma homenagem a todos aqueles que dedicam sua vida a alimentar a cidade com trabalho, esforço e dignidade. Em Mogi, essa tradição se mantém viva e ganha cada vez mais força. Hoje, o município celebra não apenas as feiras, mas, acima de tudo, quem faz tudo isso acontecer: o feirante.