Um levantamento estimado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelou que entre os anos de 2020 e 2022 podem ser diagnosticados 66,2 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. O risco da doença atingir a população feminina é de 61,61 para cada 100 mil mulheres, ainda segundo a entidade.
Entre as doenças classificadas como câncer, o de mama é o mais comum entre as mulheres. Em todo o planeta, durante o ano de 2018, foram diagnosticados 2,1 milhões de novos casos, o equivalente a 11,6% de todos os cânceres estimados.
Durante este mês, com a campanha "Outubro Rosa", data comemorativa que foi criada na década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, as informações, conscientização e prevenções contra a doença serão mais difundidas. Esses trabalhos ocorrem durante o ano inteiro, mas é nesta época que o tema ganha mais destaque. Estudos ao redor do mundo, como o da University College London, apontam para um aumento no diagnóstico de câncer para os próximos meses e, neste caso, estão incluídos não somente o de mama, mas os outros tipos também, como o de colo do útero e de próstata, este o mais comum entre os homens. Isso pode ocorrer dois motivos: o primeiro deles é em razão da quantidade de pessoas que está sendo atendida por causa da Covid-19. Um dos exames mais utilizados para definir o grau de comprometimento dos pulmões em um indivíduo com coronavírus é a tomografia computadorizada, mesmo equipamento para fechar o diagnóstico de metástase do câncer, quando a doença se espalha. Mas, com o uso constante por pacientes com Covid-19, o aparelho seria um agente contaminador dessa enfermidade, por isso seu uso está mais restrito desde quando a pandemia se instalou no Brasil.
O outro ponto é a própria resistência da pessoa com suspeita de câncer em procurar o médico, justamente por medo de ser contaminada pelo coronavírus. O momento exige sabedoria da população, mas não se pode negligenciar uma doença por medo, ainda mais o câncer, em que cada minuto é importante para chegar na cura.