O Ministério da Saúde da Itália registrou ao menos 969 mortes por causa do coronavírus na quinta-feira passada, o maior número desde o início da epidemia no país, e um aumento de 11,9% em relação ao dia anterior. No total, desde o início da epidemia, o país contabiliza 9.134 mortos. Ao menos 86.498 pessoas contraíram o vírus Sars-Cov-2 no país, 5.959 casos a mais do que na quarta-feira, um crescimento de 7,4%.
Em um balanço divulgado ontem, as autoridades de saúde contabilizaram também um total de 26.029 pacientes hospitalizados, 3.732 estão em terapia intensiva, enquanto 36.653 estão em isolamento domiciliar.
O pico da expansão da pandemia de coronavírus na Itália havia sido no sábado, quando 793 pessoas morreram. Depois de dois dias de quedas, no entanto, o número de contaminados e mortos voltou a aumentar. A região de Piemonte, no norte da Itália, contabilizou mais 50 mortes por coronavírus.
Trabalhadores da saúde também estão entre as vítimas da doença. Um levantamento do governo italiano mostrou que cerca de 9% dos infectados do país no início da semana eram médicos, enfermeiros ou técnicos. A Federação de Médicos da Itália contabilizou na quinta-feira 37 médicos mortos pelo coronavírus.
Um estudo sobre o número de mortes registrados em quatro cidades da Lombardia e do Marche - região do norte e do centro da Itália - mostra que elas tiveram de 1º de janeiro a 24 de março um crescimento de até quatro vezes em relação ao total do mesmo período do ano passado, sem que existisse outra explicação além da epidemia de coronavírus.
O problema é que os números oficiais de mortos na pandemia nesses municípios são bem menores do que a diferença de óbitos de um ano para outro, o que indicaria que muitas pessoas morreram e foram enterradas sem que se verificasse se elas também foram vítimas da Covid-19.