Mogi das Cruzes e a região ganharam uma pequena batalha anteontem, quando a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) afirmou estar repensando a instalação uma praça de pedágio no km 45 da rodovia Mogi-Dutra (SP-88). O órgão está estudando alternativas para eliminar o posto de cobrança.
Essas informações foram passadas à comissão de associações mogianas que estiveram em São Paulo, na sede do departamento, para reforçar o descontentamento com a possibilidade de instalação do pedágio.
Pelo menos à princípio, as inúmeros manifestações populares, de associações, organizações e da classe política já surtira algum efeito. Buzinaços, abaixo-assinado, protestos e muitas cobranças oficiais foram as ferramentas utilizadas até agora para rechaçar qualquer possibilidade de cobrança.
A pressão inicial já foi sentida na Artesp, mas é preciso continuar, ou melhor, ampliar esse movimento contrário.
A notícia de que o órgão está repensando a instalação dá um fôlego para os mogianos e demais moradores do Alto Tietê que utilizam a Mogi-Dutra diariamente, mas não garante que o posto esteja realmente descartado.
A cobrança para utilização da via prejudicará comerciantes, empresários, indústrias, pessoas que residem nos condomínios fechados próximos à rodovia, entre tantos outros setores que necessitam da via para se manter e se desenvolver.
Os prejuízos econômicos serão enormes e são eles que precisam ser usados como arma para seguir pressionando o governo do Estado. O Cinturão Verde, como o Alto Tietê é conhecido, não pode e não deve ser "premiado" com um pedágio.
Os representantes da região nas prefeituras, na Assembleia Legislativa do Estado e na Câmara dos Deputados precisam seguir provando sua força política, cobrando o governador João Doria (PSDB), deixando clara a importância do Alto Tietê e como será prejudicial a instalação da praça de pedágio.
Até o momento foi vencida a primeira batalha. É preciso ainda vencer a guerra ou então todo esforço dispensando pela região até agora será perdido.