O Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) irá promover a limpeza de rios e córregos da região para evitar a formação de alagamentos em épocas de chuvas. Podemos incluir nessas situações os bairros de Jundiapeba, em Mogi das Cruzes; Palmeiras, em Suzano, além de outros pontos em Itaquaquecetuba, Poá e Ferraz de Vasconcelos.
Decisão acertada do departamento. Evitando enchentes é possível impedir, além de perda de bens móveis e imóveis, a proliferação de doenças por meio das águas da chuva misturada com as de rios e esgotos, como a leptospirose. Isso sem falar nas pessoas que morrem em consequência direta do avanço das águas. Na região já houve casos no passado em que moradores caíram em vala de esgoto ao não perceber o buraco, encoberto pela água.
A parte ruim disso tudo é que essa limpeza está prevista para ocorrer somente no ano que vem. Até lá teremos que conviver, mais uma vez, com os perigos das enchentes e no final do período das monções teremos ideia do saldo de perdas. É torcer para não ocorrer nada de muito grave. Neste ano, pouco antes do fim do verão, fortes tempestades se formaram na região e deixaram as cidades em estado de atenção, como Itaquá, por exemplo.
Em março deste ano, o Conselho de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) havia se reunido com a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente. Dessa reunião, os chefes dos Executivos municipais receberam a promessa de que os rios e córregos seriam desassoreados até metade deste ano, mas como se viu, a iniciativa será feita em 2020.
Algumas cidades já procuraram se mexer para tentar, ao menos de forma paliativa, limpar ou aumentar o leito de rios para evitar que a água transborde. Em Suzano há duas retroescavadeiras que estão desempenhando este papel, entretanto, água de enxurrada é igual mosquito da dengue, não respeita limites entre municípios, por isso a ação precisa ser de forma geral, como fará o DAEE, mas seria melhor se tivesse ocorrido neste ano.