Em qualquer canto do país não é difícil encontrar jovens curtindo a noite em pontos destinados ao uso dos narguilés. O fumo árabe que vaporiza tabaco com sabores diversificados se tornou moda entre a juventude, seja de classe baixa, média ou alta.
Neste ano, a fiscalização se tornou mais rígida e diversas casas já foram fechadas no Alto Tietê, principalmente em Mogi das Cruzes e Suzano. Recentemente, em Mogi, uma ação da Polícia Militar autuou quatro estabelecimentos nos bairros Jardim Avenida, Jundiapeba e Mogilar. Segundo a prefeitura, nas ações realizadas, os fiscais esclarecem todos os pontos relativos à legislação que regulam o setor - entre eles a adequação às normas da Vigilância Sanitária; a observação sobre a não presença de menores de idade nos locais; a comercialização dos produtos e as regras referentes à Lei do Silêncio.
Em reportagem publicada pelo Mogi News, na terça-feira, a palavra do secretário de Segurança, Paulo Sales - de que a expectativa é fechar mais da metade das tabacarias - mobilizou comerciantes e empresários do segmento. Em reunião recente entre a Pasta e representantes desta categoria, ficou acordado que as tabacarias têm prazo de 30 dias (já corrente) para se adaptar às normas da Vigilância Sanitária e às legislações federal e estadual vigentes.
É certo que os comerciantes adequados às leis devem permanecer funcionado, afinal, atuam de forma regulada, geram empregos e renda para a cidade. Por outro lado, independentemente do número de estabelecimentos que serão barrados pela prefeitura, é bom que a fiscalização seja bem feita, pois, uma pequena parcela dos comerciantes pode vir a prejudicar a imagem da maioria, já que não seguem as normas básicas e, fazem de seus espaços físicos, lounges com a permissão de venda de bebida alcoólica e fumo a menores de idade; perturbam o sossego da vizinhança; e atravancam as ruas com carros mal estacionados, principalmente de madrugada.
Basta uma pequena parcela para contaminar a imagem de um setor que, como outro qualquer que atua na cidade, merece respeito e incentivo. A fiscalização deve punir quem merece.