Todo ser humano nasce dentro de uma comunidade, com todas as suas idiossincrasias. Após chegar à idade adulta, este ser humano irá preservar quase todas essas idiossincrasias que adquiriu por intermédio da comunidade de origem.
Assim, em meio a todo esse arrazoado, muito já se disse sobre o que acontece com a introdução da Filosofia em todo esse processo: que seja o de simplesmente dirigir uma interrogação ao que se pode atribuir o nome de mundo que, como incógnita, a ser descoberta, se posta à nossa frente. Como nada é linear, a Filosofia não deve ser considerada pela clareza e segurança do domínio do racional, mas pelo que possa prometer como sábia abertura para um debate sadio com a nobre pretensão de reforma deste, nada linear, mundo.
Tudo isso como suporte ao desejo de promover o sonho de todos: a economia do grande estilo! Para que todos aglutinem: forças, entusiasmo, amor próprio, liberdade absoluta em relação a si mesmo e assumir com coragem e determinação a competência para se conduzir em direção a um horizonte almejado. Assim toda interrogação, preconizada em qualquer postura filosófica, deve ser dirigida aos agentes do fazer, nós, aos ferramentais da educação e da produção, por desdobramento, seus pressupostos, objetivos e resultados. Sem que tal atitude, de permanente inquietação, jamais seja de resposta. Não há porque colocar um ponto final na investigação filosófica, cujo estilo é todo ele vazado em reticências.
A Filosofia não é um supersaber que se instala soberana. Ela é um farol existente, não para iluminar os caminhos dos barcos no mar, mas para alertar quanto à direção a ser seguida, evitar desvios e perigos de rotas inesperadas. Nada de propor ensinar a verdade, só evitar o engano! Não é um saber do qual só se apossam iniciados. Todos somos filósofos, já que a todos é possível exercer a suspensão de juízo e de ação e dirigir uma interrogação ao próprio juízo e à ação, reordenando-os!