Com o ritual de sacrifício instituído na Lei de Moisés, Deus quis mostrar sete verdades:
1 - Que tal sacrifício era um preço de sangue para pagamento da culpa: "E como a sua oferta pela culpa, trará ao Senhor um carneiro sem defeito, do rebanho. E o sacerdote fará expiação por ele diante do Senhor e será perdoado de todas as coisas que tiver feito, nas quais se tenha tornado culpado" (Levítico 6:6-7).
2 - Que a morte do animal era substitutiva. Ao impor a mão sobre o animalzinho inocente, o pecador lhe transferia toda a culpa: "Porá a mão sobre a cabeça da oferta pelo pecado e a imolará no lugar do holocausto" (Levítico 4:29).
3 - Que a expiação do pecado se dava com derramamento de sangue: "Eis que vos tenho dado (o sangue) sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação pela alma" (Levítico 17:11b).
Expiação é a purificação por sofrimento, para pagamento e compensação da falta cometida. Quando o culpado via o animal inocente morrer, entendia que o seu pecado era a causa daquela morte. Se ele não tivesse pecado, o animalzinho inocente não precisaria ter morrido. A visão do sangue inocente derramado fazia o pecador sentir aversão por novos pecados, o que gerava a sua santificação.
4 - Que aquele era um sacrifício imperfeito. O animal, quadrúpede e irracional, substituía o pecador somente no derramamento de sangue, mas jamais poderia substituí-lo como ser humano, bípede, inteligente, criado à imagem e semelhança de Deus.
5 - Que aquele era um sacrifício insuficiente. A cada nova culpa do ser humano, exigia-se o sacrifício de um novo animal. Veja: não era um animal sacrificado por um pecador, mas um animal para cada vez que o pecador se sentia culpado! Milhões e milhões de animais inocentes foram sacrificados por culpa dos pecadores. E hoje, com a população humana na casa dos 7 bilhões, com dezenas ou centenas de pecados por pessoa, quantos animais teriam de ser sacrificados como compensação? Não bastasse o sacrifício ser insuficiente por si só, o número de animais também o seria!
6 - Que o sacrifício de tantos animais era indesejável por Deus. Um dia, todos os sacrifícios seriam substituídos por um só, muito mais sublime, elevado, suficiente, perfeito e definitivo. Salmos 40:6-8 revela que "Alguém" se apresentou voluntariamente diante de Deus para isto. Ele disse: "Sacrifício e oferta não quiseste. Abriste-me os ouvidos; holocausto e oferta de expiação pelo pecado não reclamaste. Então, disse eu: Eis aqui venho; no rolo do livro está escrito a meu respeito. Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu".
7 - Que todo aquele ritual apontava para o futuro Cordeiro de Deus, perfeitamente humano, sem defeito e sem mancha, que surgiria e morreria no lugar dos pecadores, substituindo também os cordeiros do antigo pacto.