A gestão Bruno Covas (PSDB) definiu que vai usar as vacinas contra Covid-19 já disponíveis para aplicar a primeira dose em grupos prioritários, sem reservar metade do lote para a segunda dose necessária. A medida consta de instrução de prioridades para imunização na capital paulista, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde
A campanha de vacinação na cidade de São Paulo começou na semana passada com 203 mil doses da CoronaVac, desenvolvida em parceria entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan. Nesta semana, a capital recebeu mais 165,3 mil doses da vacina da Universidade de Oxford e AstraZeneca.
Para a segunda remessa, o documento mais recente da Pasta indica quais grupos devem iniciar a vacinação - lista que inclui, entre outros, todos os funcionários de hospitais públicos e privados exclusivos para Covid-19 e trabalhadores de unidades de pronto-atendimento (UPA) e pronto-socorro (PS). "As vacinas devem ser utilizadas na sua totalidade na primeira dose", afirma a instrução.
O documento ressalta, ainda, que "a segunda dose deve seguir a correspondência do mesmo imunobiológico recebido na primeira dose, com o intervalo recomendado pelos laboratórios". Segundo a normativa, o intervalo para a CoronaVac é de duas a quatro semanas, enquanto a vacina de Oxford é de quatro a 12 semanas.
A gestão João Doria (PSDB) anunciou ontem que enviará consulta ao Ministério da Saúde, sobre a possibilidade de postergar a aplicação da vacina CoronaVac para um intervalo superior a 28 dias.. A medida serviria para ampliar a base de profissionais da saúde a receber a primeira dose. "O quantitativo destinado à segunda dose será recebido do Programa Estadual de Imunização", informa o documento municipal. Na instrução normativa anterior, a gestão Covas informava expectativa de receber mais 203 mil doses de CoronaVac para segunda dose "no prazo de 15 dias".